PROGRAMA BOM DIA AMAPÁ
Nilson Montoril
Em
1986, quando o Luiz Melo exercia o cargo de Diretor da TV Amapá, a Rede
Amazônica de Televisão decidiu incluir na programação local da emissora o
programa “Bom Dia Amapá”. Em meados de outubro, numa deferência especial do
Melo fui convidado para apresentá-lo. Ele solicitou que eu escolhesse uma
importante data histórica para o lançamento do programa e eu indiquei o dia 1º
de dezembro, quando decorreriam 86 anos do Laudo Arbitral de Berna que
reconheceu os direitos do Brasil sobre as terras compreendidas entras a margem
esquerda do Rio Araguary e a margem direita do Rio Oiapoque, região que os
franceses cobiçavam e diziam lhes pertencer. Aos sábados, quando reuníamos na
casa do Luiz Melo, volta e meia trocavamos idéias quanto à estrutura e condução
do programa. Ficou decidido que o repórter seria o Evandro Luiz que havia
encerrado no Rio de Janeiro o curso de Comunicação Social. No dia 1º de dezembro, uma 2ª
feira, estando em vigor o horário de verão, um clima de muita expectativa
dominava o prédio da TV Amapá, já edificado à Av. Diógenes Silva, mas o Luiz
Melo sabia que eu não iria decepcioná-lo. No velho estúdio da TV Amapá, sob o
foco de uma câmera muito simples, operada pelo Júlio Duarte, com supervisão do
Damião Jucá, havia uma mesa bem arrumada, destacando-se sobre ela um telefone
vermelho, um vaso de flores e uma agenda. Na época não havia o teleponto que
tanto facilita a atuação dos atuais apresentadores de programas jornalísticos.
Muito tranqüilo fiz valer a minha experiência de 24 anos de rádio. O tempo do
programa ficou assim distribuído: 40 segundos para informações gerais; 30 seg.
para discorrer sobre o Laudo Suíço; 20 seg. para comentários sobre a imigração
no Brasil; 15 seg. para outros fatos históricos; 50 seg. para as notícias mais
importantes; 8 minutos para a 1ª entrevista; 7’ para a segunda e 5’ para a entrevista sobre o
Laudo Suíço. Nas informações gerais falei a respeito do tempo, aeroporto, maré,
balsas, registros policiais, fase da lua, bombeiros, santos do dia e pronto
socorro. Ao falar sobre a migração me reportei aos portugueses, açorianos,
italianos, alemães e japoneses.
Esses últimos aqui chegaram em 1953 e 1954, e muitos dos seus descendentes ainda vivem em Macapá e na antiga Colônia Agrícola do Matapi. Os açorianos iniciaram a colonização de Macapá a partir de novembro de 1751. Recordei duas datas relativas à 1º de dezembro: a inauguração da Escola Industrial de Macapá (1949) e o falcimento da Profª Deusolina Sales Farias (1973). Entre as noticias destaquei a falta de carne, aves, macaxeira, cará, batata doce e farinha, esclarecendo que a ausência de assistência aos agricultores estava prejudicando a vinda deles á capital para venderem seus produtos. As duas entrevistas foram gravadas. A primeira contou com a participação do Governador Jorge Nova da Costa e foi conduzida pelo jornalista Antônio Correa Neto. A segunda, realizada pelo Jota Ney, teve o Prefeito Raimundo Azevedo Costa como entrevistado. Antes de ouvir o Prof. Dagoberto Damasceno Costa, que falaria a respeito da decisão arbitral da Confederação Helvética fiz o seguinte comentário: “E a cidade está ficando cada vez mais sujeita a falta d’água.Formalmente não conhecemos qualquer projeto da CAESA que possa resolver o problema.A estação de captação e tratamento construída e inaugurada no governo do general Ivanhoé Gonçalves Martins, conta com cerca de 16 anos de funcionamento e não passou por nenhuma ampliação de vulto. Técnicos que entendem do assunto afirmam que a saída mais racional seria a construção de uma nova adutora e de elevatórios em áreas da cidade onde a tendência de crescimento populacional é patente. A redação do Bom Dia Amapá tentou trazer ao programa o presidente ou o diretor técnico da companhia,mas ambos estão fora do Território.O assunto fica agendado para ser abordado em outra ocasião”. A entrevista que fiz com o Prof. De História Dagoberto Damasceno, então chefe da Seção do Patrimônio e Arquivo Histórico do Amapá não excedeu a 5 minutos.
Esses últimos aqui chegaram em 1953 e 1954, e muitos dos seus descendentes ainda vivem em Macapá e na antiga Colônia Agrícola do Matapi. Os açorianos iniciaram a colonização de Macapá a partir de novembro de 1751. Recordei duas datas relativas à 1º de dezembro: a inauguração da Escola Industrial de Macapá (1949) e o falcimento da Profª Deusolina Sales Farias (1973). Entre as noticias destaquei a falta de carne, aves, macaxeira, cará, batata doce e farinha, esclarecendo que a ausência de assistência aos agricultores estava prejudicando a vinda deles á capital para venderem seus produtos. As duas entrevistas foram gravadas. A primeira contou com a participação do Governador Jorge Nova da Costa e foi conduzida pelo jornalista Antônio Correa Neto. A segunda, realizada pelo Jota Ney, teve o Prefeito Raimundo Azevedo Costa como entrevistado. Antes de ouvir o Prof. Dagoberto Damasceno Costa, que falaria a respeito da decisão arbitral da Confederação Helvética fiz o seguinte comentário: “E a cidade está ficando cada vez mais sujeita a falta d’água.Formalmente não conhecemos qualquer projeto da CAESA que possa resolver o problema.A estação de captação e tratamento construída e inaugurada no governo do general Ivanhoé Gonçalves Martins, conta com cerca de 16 anos de funcionamento e não passou por nenhuma ampliação de vulto. Técnicos que entendem do assunto afirmam que a saída mais racional seria a construção de uma nova adutora e de elevatórios em áreas da cidade onde a tendência de crescimento populacional é patente. A redação do Bom Dia Amapá tentou trazer ao programa o presidente ou o diretor técnico da companhia,mas ambos estão fora do Território.O assunto fica agendado para ser abordado em outra ocasião”. A entrevista que fiz com o Prof. De História Dagoberto Damasceno, então chefe da Seção do Patrimônio e Arquivo Histórico do Amapá não excedeu a 5 minutos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário