NILSON E ROSA, BODAS DE RUBI
Por
Nilson Montoril
O
Padre Lino Simonelli, sacerdote do Pontifício Instituto das Missões
Estrangeiras-PIME, costumava dizer que “a vida é curta como a folha do
mastruço”. De fato, a folha do mastruço ou matruz tem tamanho bem reduzido, mas
contém propriedades medicinais incontestáveis. Eu, Nilson Montoril de Araújo,
nascido no dia 2 de maio de 1944, filho de Francisco Torquato de Araújo e Olga
Montoril de Araújo, estou atualmente transitando pelo 68º ano de minha existência,
idade que antes era julgada elevada, mas no momento pouco tem influenciado no
meu modo de levar a vida. Tenho ao meu lado minha esposa Rosa Maria Lima de
Araújo, uma mazaganense natural da localidade de “Sossego do Rio Maracá Mirim”,
a qual conheci no dia 29 de junho de 1965, por ocasião da festa junina alusiva
a São Pedro, realizada pela Escola Paroquial São José, no Largo do Formigueiro.
Á época, a Rosa tinha apenas 17 anos e eu 21. Até aquele momento eu me dedicava
em tempo integral aos estudos, ao escotismo e a narração esportiva na Rádio
Difusora de Macapá. O namoro me fez refletir melhor em relação a tantos
compromissos. Deixei de lado os acampamentos e as excursões pelo interior,
devotando-me aos estudos, ao trabalho e ao romance que despontava. A simplicidade
e a compreensão da Rosinha foram fundamentais para que o namoro desse certo.
Devido tratar-se de uma jovem de 17 anos, decidi ir ao Sossego para pedir licença
a seus pais, Raimundo Ferreira Lima e Anacleta Martins de Lima.
O casal sempre
manteve boas relações de amizade com meu genitor Francisco Torquato de Araújo e
isso me ajudou bastante. Após a autorização requerida eu e Rosa imediatamente
engrenamos um namoro que se estendeu por sete anos, quatro deles decorrentes de
minha ausência para cursar administração na Universidade Federal do Pará. Víamos-nos
apenas por ocasião das férias. No mesmo período dos meus estudos universitários
a Rosa trabalhou no comércio e estudou no Instituto de Educação do Território
Federal do Amapá. Eu e Rosa casamos no dia 21 de julho de 1972, na casa de meus
pais, em solenidade dirigida pelo Juiz de Direito, Clemanceau Pedrosa Maia,
amigo da família. A Tabeliã do Cartório Jucá, Alice de Araújo Jucá, minha tia
pelo lado paterno, lavrou o registro de casamento, o qual foi assinado pelos
nubentes e testemunhas.
Na ocasião eu estava com 28 anos e a Rosa com 24 anos.
Geramos Nilson Montoril de Araújo Júnior (6/61972), Débora Lima Montoril de Araújo
(6/8/1976) e Francisco Torquato de Araújo Neto (19/12/1978). Júnior é casado
com Aneliza Smith Brito e com ela tem os filhos Lucas Smith Brito Montoril de
Araújo (24/1/2007) e Gustavo Smith Brito Montoril de Araújo (2/6/2011). Débora
casou com Ewerton Dias Ferreira (7/2/1976), nascendo desta união o Ewerton Rodrigo
de Araújo Ferreira (22/12/1998) e o Júlio César Montoril de Araújo Ferreira (10/11/2008).
O Torquato e sua consorte Aline Suzan da Silva Santos geraram a Olga Fernanda dos
Santos Araújo (2/11/2006), a única mulher no grupo de 5 netos
Nossa vida sempre
foi tranqüila e livre de afetações, condições que esperamos manter até o fim de
nossa existência. Neste singelo artigo, eu, que tanto divulgo facetas da vida
de tanta gente, decidi postar algumas fotografias que registram momentos
importantes da história da minha família.
Concordo
com o Padre Lino quanto à brevidade da vida. Cada fração de segundo da vida de
um ser humano precisa ser valorizada e bem aproveitada, haja vista que o tempo
é implacável. Graças a DEUS, eu soube aproveitar minhas oportunidades para bem
viver. Rosa também teve seus obstáculos, mas conseguiu ultrapassá-los.
Alcançamos nossas bodas de rubi cuidando unicamente da nossa família e
relegando ao esquecimento as maledicências das pessoas que vivem tentando
infernizar a existência de seus semelhantes. A comemoração das bodas de
casamento é coisa antiga. Boda vem do latim votum, que significa promessa. Em todas
as bodas festejadas se faz a renovação da promessa evidenciada no dia do
casamento.
Foram os romanos os iniciadores do uso do anel como sinal de
compromisso ou aliança. O anel é o símbolo da aliança entre as pessoas que
casam. A palavra aliança decorre de aliar, isto é, unir, harmonizar. A união
dever ser imorredoura, infinita, contínua como o circulo que o anel representa.
Data do ano de 1800, a
escrita na parte interna do anel ou aliança: "Para Sempre", "Te Amo", ou o nome dos
noivos. Eu e Rosa usamos aliança há 43 anos. Elas eram sextavadas, mas agora,
devido ao tempo de uso, ficam lisas. Na aliança da Rosa está escrito "Nilson". Na
minha consta o nome "Rosa".
As Bodas de Casamento são comemoradas pelos casados
na forma de um calendário simplificado aceito em todo o Brasil, mas pouco
conhecido. No calendário simplificado, os 10 primeiros anos de casamento podem
ser festejados ano a ano até 10 anos de união. A partir daí, cumpre-se um
intervalo de 5 anos: 1 ano (Algodão); 2 anos(Papel); 3 anos(Couro); 4
anos(Flores); 5 anos(Madeira); 6 anos(Açúcar); 7 anos (Lã); 8 anos(Bronze); 9
anos(Vime), 10 anos(Estanho); 15 anos(Cristal); 20 anos(Porcelana); 25 anos(Prata);
30 anos(Pérola); 35 anos(Coral); 40 anos(Rubi); 45 anos(Safira); 50 anos(Ouro);
55 anos(Esmeralda); 60 anos(Brilhante); 75 anos(Diamante); 80 anos(Carvalho). Existe um calendário que se estende de um a
100 anos. As duas maiores datas se
referem a 25 anos(Bodas de Prata) e 50 anos(Bodas de Ouro).
Eu e Rosa
alimentamos vivas esperanças de podermos comemorar nossas Bodas de Ouro, coisa
que não é impossível de ocorrer. Se DEUS nos conceder essa ventura, estaremos
10 anos mais velhos, conservando o espírito sempre elevado e jovem. O futuro a
DEUS pertence, por isso sempre rogamos sua proteção.
No carnaval de 2001, o Grêmio Recreativo Cultural Unidos do Buritizal me prestou uma belissima homenagem com o enredo " NILSON MONTORIL, O BALUARTE QUE A VIDA ESCULPIU". Em um dos carros alegóricos, eu e a Rosa ficamos em lugar de destaque.Também contamos com a participação de meu irmão Robério Jucá de Araújo e da minha irmã Nice Montoril de Araújo. O samba de enredo, segundo os julgadores do quesito, obteve o 1º lugar. Unidos do Buritizal ficou em 5º lugar naquele desfile. |
Nilson Montoril e Rosa Araújo em visita ao Bosque Rodrigues Alves, em 1996, na cidade de Belém. Sentados em um tosco banco de madeira, relembraram o tempo de namoro. |
Nilson Montoril e seus netos. Rodrigo (em pé), Gustavo (sentado no ombro esquerdo do avô), Lucas (camisa azul), Olga Fernanda (sorriso largo) e Júlio César (camisa amarela). |
Um comentário:
Olá Nilson e Rosa, gostei de conhecê-los alguns anos para trás. E nem peciso dizer o quanto gosto de conhecê-los agora. Valeu! Abraço.
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