ACADEMIA AMAPAENSE DE LETRAS
Por Nilson Montoril
Na solenidade de posse dos membros da Academia Amapaense de Letras, ocorrida no Salão Nobre do Palácio do Setentrião, em agosto de 1988, o Governador Jorge Nova da Costa faz uso da palavra para enaltecer a bela iniciativa e desejar sucesso ao Silogeu. Á sua direita vemos o Juiz do Trabalho, Dr. Goergenor Franco Filho.Á esquerda, vislumbramos o Professor e Adm. Nilson Montoril de Araújo, Presidente da novel instituição.
Estimulados
por membros da Academia Paraense de Letras, notáveis servidores públicos do
Território Federal do Amapá decidiram fundar um Silogeu com as mesmas
finalidades da congênere parauara, na cidade de Macapá. Isso ocorreu mo dia
21.6.1953, comemorando a passagem do aniversário do escritor Machado de Assis.
Surgia dessa forma, a Academia Amapaense de Letras, uma entidade civil, sem
fins lucrativos, que tem por finalidade implementar o desenvolvimento
literário,cultural,cientifico e artístico do Brasil,conforme o estabelecido em
suas normas internas. Decorrente de sua própria natureza, a Academia Amapaense
de Letras funcionará por prazo indeterminado. Com sede e foro na cidade de
Macapá, a AAL tem três categorias de sócios: titulares, correspondentes e
honorários. Apenas o sócio titular goza do direito de votar e ser votado. A
admissão de sócio titular, de caráter efetivo e perpétuo, dar-se-á por eleição,
em escrutínio secreto, entre candidatos de qualquer sexo, inscritos previamente
para preenchimento de vagas abertas com o falecimento de ocupantes anteriores,
de uma das cadeiras indicadas no parágrafo 2º do Art. 4, ou que tenha mudado de
categoria, ou abdicado de ser acadêmico, que tenha trabalhos publicados ou não,
de reconhecido valor literário, cultural, cientifico, artístico ou histórico. Cada
cadeira terá um patrono reconhecido como vulto ligado a história e cultura do
Amapá. A solenidade de fundação do Silogeu amapaense aconteceu na sala de
estudos da Biblioteca “Clemente Mariani”, do Grêmio Literário e Cívico Rui
Barbosa, entidade constituída por estudantes do então Ginásio Amapaense, instalada
no Grupo Escolar Barão do Rio Branco.
Solenidade comemorativa dos 39 anos de criação da Academia Amapaense de Letras realizada na sala Professor Mário Quirino da Silva, local das sessões plenária do Conselho Territorial de Educação. O Professor e Adm. Nilson Montoril de Araújo faz um retrospecto histórico sobre o Silogeu.Á sua esquerda vemos os acadêmicos Heitor de Azevedo Picanço(fundador),Elfredo Távora Gonsalves, Amaury Guimarães Farias e Estácio Vidal Picanço
Os sócios fundadores foram: Benedito
Alves Cardoso (Presidente), Gabriel de Almeida Café (Secretário), João Elias de
Nazaré Cardoso, Nelson Geraldo Sofiatti, Heitor de Azevedo Picanço (Bibliotecário),
Amilcar da Silva Pereira (Tesoureiro), Uriel Sales de Araújo, Célio Rodrigues
Cal, Oton Accioli Ramos, Mário de Medeiros Barbosa, Lício Mariolino Solheiro e
Jarbas Amorim Cavalcante. Cinco sócios honorários foram distinguidos: Diniz
Henrique Botelho, Altino Pimenta, Deputado Coaracy Nunes, Dr. Hildemar Pimentel
Maia e tenente coronel Janary Gentil Nunes, governador do Amapá. A instalação do
colegiado e a posse de seus membros aconteceu no dia 5 de julho. Os sócios
fundadores exerciam o magistério do Ginásio Amapaense. Em pouco tempo a
entidade deixou de atuar regularmente e nenhum trabalho de estruturação foi
realizado. No inicio do ano de 1989, fui procurado pelo Dr. Georgenor Franco
Filho, Juiz do Trabalho de Macapá e membro da Academia Paraense de Letras, que
demonstrou interesse em soerguer o Silogeu e gostaria de contar com minha
ajuda. Tinha tratado do assunto com o advogado Antônio Cabral de Castro, que
lhe falou a meu respeito.
A partir do Amaury Farias(terno azul) enumeramos:Heitor de Azevedo Picanço,Antônio Carlos Farias,Paulo Fernando Batista Guerra,Hélio Guarany Pennafort,Nilson Montoril de Araújo,Padre Jorge Basile,Aracy Miranda de Mont'Alverne,,Elfredo Távora Gonçalves,Manoel Bispo Correa e Estácio Vidal Picanço
Eu exercia a Presidência do Conselho Territorial de
Educação e pude dispor do plenário do órgão para a realização da reunião
preparatória visando à organização da Academia Amapaense de Letras. No dia 31 de agosto, às 20h:30min, na Sala de Sessões Plenárias Mário Quirino da Silva, estiveram reunidos:
Georgenor de Souza Franco Filho, Nilson Montoril de Araújo,Antônio Cabral de
Castro,Dagoberto Damasceno Costa,Estácio Vidal Picanço,Fernando Pimentel Canto
e Manuel Bispo Corrêa. Analisamos um modelo de estatuto apresentado pelo Dr.
Georgenor, relacionamos os patronos das cadeiras e decidimos que, inicialmente
a Academia funcionaria com apenas 20 sócios titulares, salvaguardando-se o
direito dos sócios fundadores. Dentre eles, somente Heitor de Azevedo Picanço
residia em Macapá. Posteriormente, outros valores literários foram incorporados
ao grupo, que ficou constituído por 22 membros. Até o presente momento, 11
sócios faleceram: Alcy Araújo Cavalcante, Aracy Miranda de Mont’Alverne,
Estácio Vidal Picanço,Hélio Guarany Pennafort, Elfredo Távora Gonçalves, Jorge
Basile,Arthur Nery Marinho,Heitor de Azevedo Picanço,Isnard Brandão Filho,José
de Alencar Feijó Benevides e Amaury Guimarães Farias. Os sócios restantes são:
Nilson Montoril de Araújo, Georgenor Franco Filho, Antônio Munhoz Lopes,
Antônio Cabral de Castro, Antônio Carlos Farias, Paulo Fernando Batista Guerra,
Don Luiz Soares Vieira, Dagoberto Damasceno Costa, Fernando Pimentel Canto,
Manoel Bispo Correa e Luiz Alberto Guedes. Dia 12 de setembro, no Salão Nobre
do Palácio do Setentrião, em sessão presidida pelo Governador Nova da Costa, 15
acadêmicos tomaram posse.
A despeito dos membros da Academia terem sido convocados com antecedência, apenas os sócios efetivos Antonio Munhoz Lopes e Luiz Soares Vieira(Bispo Diocesano de Macapá e vice presidente da Academia)compareceram a minha residencia, para recepcionarmos o Dr. Mauro, Presidente da Academia Brasiliense de Letras.
A posse da primeira diretoria se deu no dia 17 de
outubro: Presidente, Nilson Montoril de Araújo; Vice-Presidente, Dom Luiz
Soares Vieira; Secretária, Aracy Miranda de Mont’Alverne; Tesoureiro, Antônio
Carlos da Silva Farias;Diretor de Biblioteca, Dagoberto Damasceno
Costa;Comissão de Contas:Antônio Cabral de Castro,Antônio Munhoz Lopes e Paulo
Fernando Batista Guerra.Infelizmente, o euforismo inicial cedeu lugar a
acomodação da maioria dos sócios.Isso gerou sérios problemas para o pleno
funcionamento da instituição. Podendo deliberar com a presença de pelo menos 5
membros, o Silogeu raríssimas vezes atingiu este número.Na última
sexta-feira,dia 22 de maio, apenas os acadêmicos Montoril,Guerra e Munhoz
marcaram presença a uma reunião solicitada por um dos sócios,que não
compareceu. Mesmo assim, apreciações importantes foram feitas e deverão ser
discutidas com demais sete acadêmicos, se eles aparecerem ao próximo encontro. A
Academia Amapaense de Letras está em perfeitas condições para funcionar. Para fazê-lo plenamente, basta que os sócios restantes pensem seriamente na instituição e não nos seus interesses individuais.